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Filme de ficção joaçabense ganha prêmio catarinense de cinema e inicia a pré-produção.

Filme de ficção joaçabense ganha prêmio catarinense de cinema e inicia a pré-produção.

Filme de ficção joaçabense ganha prêmio catarinense de cinema e inicia a pré-produção.

Previsto para ser filmado em setembro o filme – “A César o que é de César” é uma co-produção da VMS Produções e Pupilo TV. 

Aprovado pelo Prêmio Catarinense de Cinema de 2022, o curta-metragem “A César o que é de César” traz às telas do cinema o retrato da cultura camponesa da região meio-oeste de Santa Catarina. Imerso na tradição da agricultura familiar, César e Maria vivem os dilemas de permanecer no mundo rural em meio às transformações sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que marcam nossos dias.

A história de um agricultor que, para a surpresa de (quase) todos, revela ser crossdresser: se sente bem usando roupas femininas!, ou, melhor dizendo, roupas que convencionou-se serem femininas. Esse segredo trazido à público transforma a vida de César num inferno, que está disposto a enfrentar o preconceito dos colegas de trabalho, do irmão e da comunidade, lidando com a turbulência gerada no seu casamento.

Na tradição oral da língua portuguesa, “dê a Cesar o que é de Cesar” se tornou provérbio, ditado popular e significa algo como “dê ao outro o que ele merece”, uma frase de duplo sentido que, desde sua origem, está sujeita a interpretações. Respeitar as leis dos homens ou a justiça sagrada? Se portar como homem, segundo as leis da tradição patriarcal, ou transgredir em busca da satisfação íntima de viver a vida como quiser, de bem consigo, experimentando a felicidade? 

Cumprir os deveres e as obrigações, trabalhar na lida da roça: como agricultor nascido e crescido no interior, César faz tudo como manda o figurino (ou quase tudo) para ser quem deseja ser, tendo liberdade de se sentir elegante numa longa saia prendada! Permanecer no contato com a terra e a tradição camponesa e não fugir, mostrando que a simplicidade ainda é, ao final, o que se busca, porque parece que os bailes ainda são de máscaras e ser aquilo que se é ainda é o mais simples.

Mantendo o contato com a terra e a vida de agricultores, Maria e Cesar buscam o equilíbrio entre seus desejos mais íntimos e o que a comunidade exige de um “pai de família”. Será possível resgatar a solidariedade e a coletividade que marcam a vida no campo? Será possível o sentimento de pertencimento em meio aos dilemas presentes desde sempre entre a tradição e a transgressão, a vergonha e a falsa imagem diante de todos(as/es)?

Um filme que insere a cultura e o modo de vida tradicional do meio-oeste de Santa Catarina nas tramas (nem tão novas) da dita “vida moderna”, tratando de modo sensível, longe dos grandes centros urbanos, das discussões relacionadas à gênero e identidades, confirmando a importância de ter projetos audiovisuais filmados por aqui. Acompanhe o primeiro curta-metragem de ficção aprovado pelo Prêmio Catarinense de Cinema para a região!

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Rudolfo Auffinger

Rudolfo é artista audiovisual e se dedica a pensar e criar acervos de filmes e sua relação com a escola.
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Rudolfo Auffinger

Rudolfo é artista audiovisual e se dedica a pensar e criar acervos de filmes e sua relação com a escola.

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